Soja não é a melhor opção para menopausa e andropausa
Vamos falar da soja? Vamos!
Por conta de seu alto teor de proteína e carboidratos, a soja foi escolhida pela indústria como uma opção aos derivados do leite e às carnes em geral.
Ela chegou ao mercado brasileiro com as promessas de reduzir o colesterol, aliviar os sintomas da menopausa; proteger contra cânceres e como alternativa para vegetarianos, veganos e intolerantes e alérgicos ao leite.
Resolvi então perguntar à Drª Denise Carreiro se o tal alimento realmente faz jus à fama.
E se você é um daqueles que olha para soja com o “manto sagrado”, te convido a permanecer aqui comigo.
Especialmente se você é uma mulher às voltas com a menopausa ou um homem que já experimentou os primeiros sinais da andropausa.
Por que soja é tão milagrosa?
Primeiro, Drª Denise me explicou de onde vem a ideia de que a soja é um santo remédio natural.
As populações orientais, de onde a soja tem sua origem, apresentam:
– Menos problemas cardiovasculares;
– Menores taxas de alguns tipos de câncer;
– Menos sintomas relacionados à menopausa e andropausa.
Por conta disso, foram atribuídas ao consumo de soja as razões por seus efeitos milagrosos.
Porém…
Não foi considerado que os orientais não consomem leite e derivados – que também contêm proteína de difícil digestão, podendo causar processos inflamatórios – do que os ocidentais.
A questão é que além de ser rica em proteínas e carboidratos, a soja também tem em sua composição os fitormônios, que são substâncias essenciais para o desenvolvimento vegetal.
Ao ingerir os alimentos, você também está consumindo essas substâncias que, em excesso, podem desequilibrar seus ciclos hormonais.
Ou seja: um perigo para quem está na fase da menopausa e da andropausa.
Eu sei. É de cair o queixo. Pesquise “soja e menopausa” no google e você verá com os seus próprios olhos como reina a desinformação sobre este assunto.
Por isso, achei que valia aprofundar um pouco mais.
Vamos lá então….
Climatério
Se você é mulher e está na turma dos “enta” já deve ter ouvido e sentido os efeitos do climatério.
Esta fase de transição entre o ciclo reprodutivo e não-reprodutivo da vida de uma mulher acontece por volta do 40º ano de vida.
Por conta do descompasso hormonal, algumas alterações fisiológicas podem ser sentidas, e a intensidade deles é bastante variável.
Entre os principais sintomas temos:
– Irregularidade no ciclo menstrual;
– Ondas de calor alternadas (sintoma presente em quase 80% dos casos);
– Redução da libido;
– Início da diminuição da massa óssea;
– Alterações cardiovasculares e outros.
Menopausa
Então, após 12 meses ininterruptos sem menstruação, a mulher entra na menopausa.
A partir de agora, alteração hormonal será mais pontual – o estrogênio e a progesterona vão deixando de ser produzidos – e os sintomas também.
E a tal Andropausa?
A andropausa é um processo análogo a menopausa, porém é mais lento e ocorre com o público masculino.
A produção de testosterona também cai ao longo do envelhecimento dos homens, entretanto, esse nível tende a ficar na normalidade na maioria dos casos.
A incidência de homens com sintomas de andropausa é bastante menor do que o de mulheres que sofrem com o climatério e a menopausa.
O mito
Durante alguns anos, acreditou-se que a soja e seus componentes seriam benéficos no alívio dos sintomas da menopausa e da andropausa.
Hoje em dia, segundo a Drª Denise Carreiro, já é sabido que um aumento no consumo de soja, nesta fase, e de isoflavona podem reforçar os sintomas, principalmente a desregulação hormonal e a resistência insulínica (que pode causar ganho de peso).
A isoflavona que eu citei acima é um composto vegetal bastante abundante na soja e bem parecidos com os hormônios femininos estrogênicos.
Este composto é vendido como repositor de hormônios em farmácias por preços acessíveis e SEM RECEITA.
Mas aprendi que em mulheres eles agravam os sintomas do climatério e nos homens eles aceleram um processo chamado de feminilização!
Daí você me pergunta:
Mas como, então, amenizar estes sintomas e não suplementar com isoflavona?
Dra. Denise deixou 14 caminhos para você…
– Consuma soja fermentada
Quando o alimento está coagulado e ou fermentado, ele perde as propriedades antinutricionais, facilitando a digestão. Alguns exemplos são:
– Tofu;
– Missô;
– Nato;
– Shoyu;
– Tempeh.
– Evite açúcar
Essa substância, além de roubar energia do sistema nervoso central, causa a resistência insulínica, que é uma das principais agentes dos sintomas que envolvem os desequilíbrios da menopausa e da andropausa.
– Reduza o consumo de leite e derivados e glúten
A experiência mostra que mulheres em fase de menopausa que pararam de consumir leite e glúten, em 15 dias, já apresentaram melhoras importantes nos calores inesperados, chamados de “fogachos”
– Diminuir a ingestão de oleaginosas, principalmente o amendoim
Nestes casos, já é sabido que o potencial alergênico e inflamatório destes alimentos é alto. Tanto o glúten quanto a lactose (o açúcar do leite) são de difícil digestão, o que pode ocasionar em resistência insulínica e, consequentemente, em desregulamento hormonal.
– Aumentar o consumo de “comida de verdade”
– Óleos saudáveis
Utilize óleos saudáveis como o de coco para cozinhar, nas saladas e também para se ter a mesa. Limite o uso da manteiga e evite gordura trans.
– Vegetais
Quanto mais vegetais e maior variedade deles, melhor. Batatas não contam. No almoço e na janta, abuse da salada verde.
– Frutas
Como muitas frutas e de todas as cores. De preferência, uma a cada 2h30 horas.
– Água
Beba água, chá e café (com pouco ou nenhum açúcar). Evite as bebidas açucaradas, como sucos prontos e refrigerantes
– Proteínas Saudáveis
Escolha peixes, aves, leguminosas e nozes. Limite a carne vermelha. Evite bacon, embutidos e carnes processadas. Atenção: limite a proteína animal. Consuma apenas de 80g a 120g delas.
– Consuma pequenas porções distribuídas ao longo do dia ao invés de ficar um longo tempo sem comer
Assim, fornecendo os nutrientes para o organismo de forma regular, você tem menor risco de ter picos de glicemia. Com a glicose regularizada, o sistema nervoso central tem energia constante, ajudando no balanceamento hormonal.
– Faça suplementação (sempre supervisionada por um profissional) e use fitoterápicos naturais, como o chá de amora, por exemplo
– Consuma alimentos ricos em ômega 3, como:
– Peixes de água fria (arenque, sardinha, salmão e atum);
– Chia;
– Linhaça
– Atente-se aos seus níveis de vitamina D
Ela é fundamental para uma ação correta da insulina e para o fortalecimento do sistema imunológico. Portanto, não se esqueça de, todos os dias, por 15 minutos, se expor ao sol sem o uso de protetores solares.
Um recado breve…
Espero ter te ajudado a enfrentar esta fase da vida, que não precisa ser um bicho de 7 cabeças.
Este foi um “aperitivo” do trabalho que fazemos com os assinantes do Remédio Natural.
Em nossas edições mensais, a Dra. Denise te visita com um vídeo online e te traz recomendações práticas e verdadeiras sobre a nutrição realmente protetora.
Em um conteúdo muito completo, ela derruba os principais mitos da nutrição que só te afastam da verdadeira saúde.
Se você acredita que:
- O Leite é a principal fonte de cálcio,
- Que o açúcar é grande vilão do diabetes
- E que a gordura é a mãe do colesterol…
Sugiro que você conheça o Remédio Natural.
E ganhe uma nova relação com a comida terapêutica e protetora
Se você avalia que mais pessoas podem se beneficiar com estes conteúdos gratuitos, compartilhe.
E para ter mais informações saudáveis, siga a página do Facebook da Jolivi aqui.