Do omeprazol à Coca-Cola: os hábitos nocivos de Bolsonaro
O presidente enfrenta uma obstrução intestinal séria; pessoas próximas a ele contaram que Bolsonaro tem o hábito de tomar refrigerantes e recorrer ao omeprazol; as consequências podem ser graves e contamos o porquê
Internado em um hospital da Zona Sul de São Paulo desde a noite desta quarta-feira (14), quando chegou à capital paulista já transferido de um hospital em Brasília, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) faz uma série de novos exames para investigar suas dores no abdômen e um quadro de obstrução intestinal.
Escrevemos aqui na Jolivi sobre as queixas de soluços constantes do presidente. Com a ajuda do médico e especialista da Jolivi, Dr. Carlos Schlischka, explicamos o que pode causar soluços e como podemos prevenir e tratar crises de forma natural.
O novo assunto que circula nos bastidores de quem convive com Bolsonaro, que pode ter relação com o seus problemas de saúde, são os maus hábitos dele.
De acordo com a jornalista Thais Oyama, do UOL, amigos do ex-capitão contaram que ele tem o hábito de tomar refrigerantes – inclusive já no café da manhã – e recorrer ao omeprazol para tratar dores no estômago.
O combo de omeprazol e refrigerante. Isso mesmo. O resultado da junção desses dois itens não podia dar muito certo e vamos explicar o porquê.
Entenda o que o omeprazol causa no organismo
Como o Dr. Carlos explicou anteriormente, uma das principais causas dos soluços é o refluxo. Para tratar o problema, comumente as pessoas optam pelo omeprazol – e nem fazem ideia do quão nocivo essa escolha pode ser.
Esse medicamento atua no estômago para inibir a liberação em excesso do ácido clorídrico, mas não vai na causa do refluxo. Quando consumido a longo prazo, como é o caso do presidente, o omeprazol traz efeitos negativos, especialmente na digestão e absorção de nutrientes.
E os efeitos negativos não param por aí. O remédio ainda pode causar diminuição da absorção de cálcio, magnésio e vitamina B12. E você sabe o que a ausência dessas substâncias pode gerar?
Lá vai: redução na densidade óssea, osteoporose, doenças cardiovasculares e até problemas cognitivos como o Alzheimer.
Como substituir o omeprazol
Quem melhor pode tirar essa dúvida é a nutricionista e especialista da Jolivi, Lara Gabriela Cerqueira. Ela conhece tudo sobre o universo das plantas medicinais e vai nos ajudar a não recorrer ao omeprazol, como faz o presidente.
“Eu sugiro que você aposte no chá de espinheira-santa. Ela é uma erva típica da América do Sul e fácil de ser encontrada em lojas de produtos naturais. Esse chá reduz a inflamação do trato digestivo e tem ação antiúlcera”, explica.
E a ciência comprova o que a Lara diz: um estudo publicado no Journal of Ethnopharmacology confirmou a ação da espinheira-santa (Maytenus ilicifolia) contra a dor e também seu efeito anti-inflamatório.
O chá da erva em questão pode trazer alívio imediato da sensação de refluxo e também ajudar a tratar gastrite. Mas, Lara, como eu posso preparar o chá de espinheira-santa para poder jogar meu omeprazol no lixo? Ela ensina!
“É simples. Basta acrescentar uma colher de sobremesa de folhas secas da espinheira-santa (cerca de 2g) na água fervente e fazer a decocção por cinco minutos. Está pronto”, conta. A nutricionista ainda recomenda que você tome de uma a três xícaras por dia, antes das principais refeições.
Se você ficou em dúvida sobre o que é a decocção, explicamos: é quando deixamos a erva ferver junto com a água por algum tempo. “Como a folha da espinheira-santa é bem rígida, a decocção rápida funciona melhor que a infusão para extrair os compostos fitoquímicos, que são os responsáveis pelo efeito medicinal”, detalha.
Um aviso importantíssimo da Lara é que gestantes e lactantes não podem consumir esse chá, pois ele pode prejudicar a gravidez e reduzir a produção de leite.
E os refrigerantes do presidente, hein?
O consumo de refrigerantes já significa uma série de açúcares no nosso organismo. Não é novidade que qualquer um deles, independentemente de marcas e sabores, traz riscos à saúde. Quando se bebe no café da manhã, como o presidente faz, então…
De acordo com informações do ex-farmacêutico Niraj Naik, publicadas em 2015 no blog Truth Theory, já nos primeiros 10 minutos dentro do corpo o refrigerante representa um perigo iminente. Ele se transforma no equivalente a 10 colheres de chá de açúcar – o número representa 100% a mais da ingestão diária recomendada.
As informações foram publicadas pelo jornal Daily Mail, do Reino Unido.
E aí as consequências podem ser sérias, né? Está aí o quadro de saúde do presidente que não nos deixa mentir. Da desidratação ao diabetes, você pode estar colocando sua longevidade em risco com esses maus costumes.
Troque o refrigerante pela água
Recentemente repercutimos a troca que o jogador da Seleção Portuguesa fez: em uma entrevista, ele dispensou uma Coca-Cola que lhe foi oferecida e optou por uma garrafa de água.
O Dr. Carlos Schlischka aprova a atitude do português e listou 8 motivos para que você faça o mesmo. Confira:
- Segundo a Organização Mundial de Saúde, um homem adulto deve tomar 2,5 litros de água por dia e uma mulher 2,2 litros de água por dia;
- 40% dos brasileiros estão desidratados;
- Quanto mais velhos somos, menos água temos no corpo. Ou seja, precisamos de mais água;
- Compre água em garrafas de vidro;
- Garrafas de plástico liberam bisfenol A, um disruptor endócrino. Quando comprar água de plástico, dê preferência à produção mais perto da sua cidade possível;
- Verifique o rótulo: as melhores águas têm PH acima de 7,5, até o PH 14;
- Em casa, tenha filtro de barro brasileiro. Ele é reconhecido mundialmente como o melhor filtro, porque ele retém até as micropartículas de plástico;
- Até a tecnologia te ajuda a beber água. Se você não tem o hábito de beber água durante o dia, baixe o aplicativo gratuito Beber Água, ele está disponível tanto para Android, quanto para iOS.
Referência:
JORGE, R. M. et al.. Evaluation of antinociceptive, anti-inflammatory and antiulcerogenic activities of Maytenus ilicifolia. Journal of Ethnopharmacology, Volume 94, Edição 1, 2004, Pages 93-100, ISSN 0378-8741, https://doi.org/10.1016/j.jep.2004.04.019.