Comer ovo aumenta o colesterol? Dr. Rondó responde
Muitas pessoas ainda têm uma grande preocupação com os ovos pelo fato de conter colesterol.
Trata-se de uma bobagem, já que os alimentos mais saudáveis são, na verdade, ricos justamente em colesterol e gordura saturada. Ao contrário do que muitos falam por aí, o alto consumo de ovos na alimentação não tem nenhum efeito nos valores de colesterol do seu perfil lipídico.
Ovo não aumenta colesterol e ainda previne as doenças cardíacas
Segundo estudo de 2015, publicado pela The American Journal of Clinical Nutrition, o consumo de 12 ovos por semana é seguro. Os pesquisadores dividiram 2 grupos de indivíduos obesos com diabetes tipo 2 ou pré-diabéticos: uma parte consumiu 12 ovos por semana, enquanto os outros consumiram menos de 2 ovos no mesmo período e, por incrível que pareça, não se observou nenhuma diferença no colesterol total, LDL colesterol, triglicérides ou controle glicêmico.
Você sabia que o ovo não aumenta colesterol e ainda pode ser uma forma de prevenir doenças cardiovasculares?
Outro estudo mostra que o colesterol dos ovos leva ao aumento do HDL colesterol, que ajuda a remover as placas arteriais, uma das características que previne a formação de doença cardíaca.
Com este processo, fica claro que consumir alimentos saudáveis ricos em colesterol não eleva o colesterol.
E repito aqui para ficar bem claro: excesso de colesterol não é mais motivo de preocupação.
O colesterol não é mais motivo de preocupação
Recentemente, as novas diretrizes americanas já assimilaram o conhecimento de que colesterol de fontes naturais na alimentação não compromete a saúde.
Não há mais limite para o colesterol da alimentação e a gema do ovo agora faz parte da lista de fontes sugeridas de proteína.
E o que se considerava maus hábitos alimentares – como consumir carne vermelha, gorduras animais, manteiga, ovos, leite integral, bacon, queijo e linguiça – não tem correlação com níveis de colesterol sanguíneo.
Para você ter uma ideia, quanto mais colesterol nós ingerimos pela dieta, melhor.
Somente cerca de 20% do colesterol sanguíneo vem da sua dieta. O restante é produzido pelo fígado, que o produz porque o seu corpo precisa de colesterol.
Derreta até 10 quilos em 25 dias |
|||
Esqueça as dietas restritivas, os exercícios extenuantes e os remédios para emagrecer. Este método de apenas 2 passos simples pode fazer você perder até 10 quilos em 25 dias, fazendo suas células de gordura comerem a si mesmas. Saiba aqui como fazer suas células de gordura se autodestruírem. |
|||
Os ovos têm:
- 210 mg de colesterol por gema.
- Importante fonte de antioxidantes e vitaminas A, D, E , K, B6, B12 e folato e 215 mg de colina, um elemento do complexo B.
- Importante para o desenvolvimento do cérebro e memória
- Minerais como cobre e cálcio, antioxidantes carotenoides, como luteína e zeaxantina, importantes para a visão.
- Aminoácidos triptofano e tirosina , importante na proteção cardiovascular e câncer.
Qual tipo de ovo consumir?
Você sabe qual o tipo e a melhor forma de consumir ovos? Continue lendo
Consuma de preferência ovos de galinhas criadas soltas, pastoreando ao ar livre, pois só assim podem ser consideradas orgânicas, alimentando-se sem o acúmulo de pesticidas dos grãos.
É fácil descobrir as diferenças!
Ovos com gema laranja brilhante são de galinhas criadas ao ar livre pastoreando, e ovos com gema amarelo claro são de galinhas criadas presas em granjas e que não se alimentam de forma natural (forragem, sementes, insetos, plantas verdes e minhocas para a sua alimentação natural).
Qual a melhor forma de consumir ovos?
1ª escolha – pochê ou cozido mole
2ª escolha – frito: nestes casos há redução de 50% dos antioxidantes, pois a gema se oxida pela alta temperatura e pelo contato do ferro presente na clara, o que contribui para inflamação crônica do seu corpo.
3ª escolha – mexido: é o pior deles, já que a oxidação é muito maior.
Referências bibliográficas:
- Journal of Nutrition Nov 1990, 120:11S:1433-1436
- International Journal of Cardiology 2005 Mar 10;99(1):65-70
- The Journal of Nutrition February 2008, vol. 138 no. 2 272-276
- American Journal of Clinical Nutrition February 10, 2016
- TIME February 17, 2016
- The American Journal of Clinical Nutrition April 2015