Atriz de Hollywood revela dieta que a salvou do diabetes
Halle Berry, conhecida por filmes como “A última ceia”, “A Mulher-Gato” e “Na companhia do medo”, mudou a alimentação e conseguiu colocar um ponto final em sua luta contra o diabetes
Olá!
Se você acompanha os textos e pensamentos que compartilho semanalmente nessa coluna, sabe que não sou adepto de dietas milagrosas e passageiras.
Para mim, emagrecimento é consequência de efetivamente cuidar da saúde.
Por isso, hoje resolvi abrir uma exceção para te contar sobre a dieta de uma atriz hollywoodiana que deu o que falar na última semana.
Há quase 30 anos, a atriz Halle Berry (conhecida por filmes como “A última ceia”, “A Mulher-Gato” e “Na companhia do medo”) colocou um ponto final em sua luta contra o diabetes.
Ela tinha 22 anos quando recebeu o diagnóstico da doença.
Naquele momento, ela entendeu que a melhor forma de controlar a glicemia seria investir em uma mudança real do estilo de vida, começando pela alimentação.
Foi quando ela descobriu a dieta cetogênica, estratégia alimentar que a salvou do diabetes há mais de 30 anos.
Para te ajudar, traduzi a postagem dela abaixo:
Halle Berry contou para seus seguidores, no Instagram, que a cetogênica fez maravilhas pela sua saúde. Alguns exemplos:
- Ajudou no controle do diabetes;
- Estimulou a perda de peso após o nascimento de seus filhos;
- Reduziu a compulsão alimentar — principalmente por doces;
- Aumentou energia e disposição para exercícios físicos;
- Retardou o envelhecimento precoce (ela tem 54 anos hoje, dá para acreditar?);
- Diminuiu crises de enxaqueca;
- Melhorou o desempenho cognitivo.
Tudo o que a atriz relatou a respeito da cetogênica é verdadeiro.
É por isso que, para mim, não se trata de uma dieta; é a alimentação que devemos seguir todos os dias.
E não tem nada de sem graça nessa estratégia alimentar, pelo contrário. É uma alimentação saborosa, gordurosa e altamente gourmetizada.
Não precisa acreditar em mim ou na atriz de Hollywood. Você pode fazer o teste em você mesmo e observar a glicemia despencar, a dor de cabeça passar, a compulsão alimentar diminuir… Assim como o peso na balança!
Se você está pronto para encarar esse desafio, te convido a anotar todas as dicas abaixo para começar a cetogênica o quanto antes.
Não precisa esperar a segunda-feira chegar. Faça tudo hoje mesmo!
4 passos para começar a cetogênica
Nas lives e em meus plantões de dúvidas do Protocolo Contra o Diabetes, muitos repetem a mesma pergunta: Doutor, como eu devo fazer a cetogênica?
Sem uma organização prévia, fica realmente difícil, eu sei. Por isso, preparei algumas dicas que você pode seguir, por conta própria ou com a ajuda da sua família. Vamos lá?
PASSO 1
Faça uma faxina na sua despensa, geladeira e freezer. A ideia é que você não tenha ao alcance das mãos e da boca alimentos que estão proibidos na cetogênica, para não cair em tentação.
São eles: industrializados e ultraprocessados, pães, massas, açúcar, sucos (naturais ou prontos), bolachas, sobremesas, congelados, leite e derivados, molhos prontos e por aí vai.
Se precisa desembalar, provavelmente não é saudável e não entra na cetogênica.
PASSO 2
Não se esqueça de limpar muito bem os armários e a geladeira onde os alimentos estavam armazenados.
O glúten tem alto poder de contaminação, assim como o cigarro, e pode permanecer no ambiente mesmo depois de você descartar o alimento de origem (pão, macarrão, tortilha e produtos do gênero).
Se você quer se prevenir de todos os malefícios do glúten (as doenças autoimunes pioram muito com o glúten, saiba disso), não abra mão dessa descontaminação da sua casa.
PASSO 3
É hora de ir às compras. Você pode pedir uma lista ao seu médico ou nutricionista dos alimentos permitidos, ou anotar algumas das minhas sugestões.
Esse é um exemplo de lista de compras que eu mesmo realizo regularmente.
- Carnes de todos os tipos;
- Hortaliças verde-escuras;
- Legumes de baixo índice glicêmico, como: chuchu, abobrinha, vagem, aspargos, brócolis, couve-flor, palmito, berinjela, quiabo, nabo, couve-de-bruxelas…
- Açaí (in natura, sem xarope de açúcar), abacate e coco frescos;
- Cogumelos shimeji e shitake;
- Óleo de coco ou banha de porco;
- Oleaginosas;
- Azeite de oliva extravirgem;
- Chocolate 80% cacau ou mais.
Óleo de coco ou banha de porco são essenciais para o preparo dos alimentos, ou seja, para grelhar uma carne, refogar ou empanar um legume e por aí vai.
O azeite só se come à mesa, na finalização de um prato ou de uma salada, e nunca deve ser utilizado para cozinhar, combinado?
PASSO 4
Despensa organizada, compras feitas. É hora de definir O QUE comer e QUANDO comer.
Para isso, prepare um cardápio semanal, com uma carne diferente para cada dia da semana, com os devidos acompanhamentos. Te ajudo com isso também.
- Segunda-feira: carne de vaca;
- Terça-feira: carne de porco;
- Quarta-feira: carne de frango;
- Quinta-feira: miúdos;
- Sexta-feira: peixe;
- Sábado: frutos do mar;
- Domingo: carnes exóticas.
Essa é a minha organização semanal de carnes, a sua pode ser diferente. O importante é que você consuma carnes e gorduras de boa qualidade todos os dias, variando sempre que possível.
De acompanhamento, você pode preparar os legumes que indiquei no passo anterior, sempre acompanhados de uma gordura: eles podem ser refogados, finalizados com azeite, empanados com farinha de amêndoas (ou outra oleaginosa de sua preferência) e até assados.
E nunca, em hipótese alguma, utilize papel toalha para absorver a gordura dos alimentos.
Deu água na boca? Por aqui, confesso que deu. A cetogênica está longe de ser uma alimentação sem graça e insossa.
Com as receitas certas, então, cozinhar vira até um hobby. No meu Protocolo Contra o Diabetes, eu disponibilizo uma série de receitas saborosas e cetogênicas para quem deseja ir além do convencional.
É tudo muito, muito fácil de preparar. Ou seja, você não tem desculpa para não entrar nesse desafio.
É alta gastronomia, capaz de te ajudar com muito mais do que uma simples redução de medidas.
Depois, conte para nós como a sua saúde foi favorecida pela cetogênica.
Um abraço,
Dr. Naif Thadeu